quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Alagoas, o estado das águas claras

Alagoas é um estado com muitas atrações. São praias e rios que enchem os olhos dos visitantes. Para nós, santistas, acostumados com praias de água escura, foi um golpe no olhar aquele mar verde, cristalino. A gente não se cansou nem por um minuto de ficar olhando aquele marzão lindo sem fim. Ficamos tempo suficiente para vermos muita beleza natural e recomendar com louvor esse destino no nordeste brasileiro.
Se possível, faça as praias de carro, com mais flexibilidade de horário, pois na estrada litorânea no AL 101 existem inúmeras praias. Lembra de longe, um pouco a Rio-Santos, sabe? Praias lindas, muito perto umas das outras. Com a diferença da tonalidade do mar e da temperatura da água, bem mais agradável...

A capital Maceió
A capital tem praias de mar verde, maravilhosas. Mas além das praias, possui estrutura da cidade grande. Sua orla tem inúmeros quiosques, com diferentes tipos de comida: italiana, japonesa, argentina. Também possui calçadão para caminhadas e ciclovia.
Destaca-se a Praia de Pajuçara: urbana, com boa infraestrutura e quiosques à beira mar. Mas com o mesmo verde esmeralda na água e piscinas naturais que podem ser visitadas na maré baixa em um passeio de jangada. Boa opção essa praia para quem não tem muito tempo ou paciência de ir mais longe. É também escolha certa para uma caminhada ou corrida no final de tarde.

Fora da orla ficam os bares que os locais costumam freqüentar. São bares com estilo de São Paulo ou do Rio de Janeiro, mais charmosos e descolados, e com menos turistas. Eles se concentram na Av. Dr. Antônio Gomes de Barros e no seu entorno, no bairro Jatiúca. O mais animado deles é o Alagoana.
Em Maceió, ficamos - e recomendamos - no camping Santa Rita, de frente para a praia Cruz das Almas (S 9°38,012’ W 35°41,919’). Limpo, gramado, com pia, tanque e área coberta com rede. Pagamos R$25 pp. Na alta temporada, é melhor reservar pois parece ser bastante procurado. Fale com o Paulo no (82) 3325-1076.

Praia do Francês
A praia do Francês é encostada em Maceió, ao sul. Muito perto mesmo. Tem aquele mar transparente, a areia branca e muitas jangadas para enfeitar a foto. Tem um recife que deixa o mar mais calmo no canto esquerdo da praia e ondas bacanas para os surfistas no canto direito. A vila é arrumadinha, com restaurantes e lojinhas, oferecendo bastante estrutura para o turista. O acesso a praia é fácil: tem placas indicando e a estrada está boa.
A Praia do Francês é muito procurada como destino de um dia das excursões que se estabelecem em Maceió. Portanto, é bem movimentada em toda sua extensão. Nos quiosques da praia, são vendidos principalmente peixes e frutos do mar a um preço razoável. Uma porção de agulhinhas (tipo de peixe) custa R$ 15,00.

Praia do Francês


Ficamos na Pousada Le Baron (S9°46,158’ W35°50,738’), pois tinha wifi e não encontramos o camping que pesquisamos na internet. Pagamos caro pelo que era (R$100 o casal, com café da manhã), mas realmente tínhamos necessidade de usar a internet - nosso modem pen drive não funcionou lá - e tomar um banho quente.

Praia Do Gunga
Fica 20km ao sul da Praia do Francês. Antes de chegar na praia, suba num mirante pago (R$1 pp), tem uma vista espetacular. É tanto coqueiro e mar! Na praia, um recife deixa a água calma e quentinha. Conta com estrutura de quiosques e passeios de buggy e barco. Depois de um banho de mar, é possível tirar o excesso de sal no Roteiro, o lago que se liga ao mar, na extensão da praia.

Praia do Gunga


Acabamos parando na cidade de Barra de São Miguel, uma vila em plena expansão. Muitas construções, pousadas, mas poucos restaurantes. Poucos mesmos. Rodamos bastante até achar o Marim, que fica na Vila Niquim, um oásis no sertão, extremamente charmoso e com ótimas porções onde comemos a melhor mandioca frita até o momento. Para dormir, ficamos no camping Beira Mar, que fica na Praia do Cais. A estrutura do camping não era tudo isso. Mas o dono foi bem simpático e acabou disponibilizando um quarto de sua simples pousada para passarmos a noite (R$ 30,00). Ficamos com uma impressão ótima dessa cidade, muito organizada e bonitinha. Além de ser encostada a Praia do Gunga.

Foz do Rio São Francisco
O Rio São Francisco, também conhecido como Velho Chico, tem uma importância muito grande na economia brasileira. Com mais de 2800km de extensão, nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais e passa por mais quatro estados brasileiros. Suas águas, transparentes, são navegáveis, produzem energia elétrica e irrigam muitas terras. Sua foz faz a divisa de Sergipe e Alagoas.

Enchi a garrafa com a água do rio.


Recomendamos conhecer sua foz, em um passeio belíssimo, saindo de Piaçabuçu em barcos que levam os turistas para se banhar em águas doces, salobras e salgadas. Um pouco antes de seu delta, uma praia de água doce e lindas dunas enfeitam ainda mais a paisagem.

Dunas fotogênicas!


O acesso para Piaçabuçu é fácil: saindo da BR 101 e pegando em direção a cidade histórica de Penedo, e depois, seguindo para Piaçabuçu, o caminho todo de asfalto. Na verdade, pela BR são duas saídas que chegam a Penedo, mas não encontramos a primeira, que saía em direção a Tapera e acabamos indo até a segunda saída, em Cedro. Na verdade, a BR 101 está com muitas obras e em vários pontos, o trânsito fica meia pista. Achamos que nessas obstruções, perdemos a primeira entrada. Apesar das obras que prometem melhoria no trecho alagoano da rodovia, atualmente o asfalto está em péssimas condições, complicando o percurso para carros e motos. A sinalização também deixa a desejar, portanto fique atento aos mapas e GPS.
A cidade de Piaçabuçu é uma vila pequena e com pouca estrutura. Vimos um restaurante e uma pousada na vila. O melhor é passar por lá somente para fazer o passeio de um dia mesmo, pernoitando em outra cidade próxima com mais estrutura, como Penedo, Barra de São Miguel ou até Maceió.

Encontro do rio com o mar


Nós fizemos o passeio por conta própria, com mais quatro pessoas, com um barco pequeno e coberto. Pagamos R$30,00 por pessoa e esse preço incluía apenas o translado. Ninguém nos avisou que o guia seria por fora, o que achamos uma tremenda falta de profissionalismo. Existe uma opção mais barata, em barcos menores, mas descobertos. Ou contratar o passeio em uma operadora de turismo em Maceió. Quem vai com as grandes operadoras, encontra na praia vendedores ambulantes que oferecem artesanatos, comidas e bebidas. Quando nós chegamos, os ambulantes já haviam ido e encontramos uma praia vazia e silenciosa, ótimo para nosso esquema de viagem. Recomendamos levar um lanchinho e água pois o passeio todo dura aproximadamente 3 horas.


Carro Quebrado
Carro Quebrado, localizada na Ilha de Croa, ao norte de Maceió, tem um diferencial para outras praias alagoanas: lindas falésias coloridas. O melhor ponto para vê-las é de um mirante em cima do morro, de onde se chega de carro. Antes de descobrirmos esse mirante, fizemos todo esse caminho a pé pela praia que foi bem cansativo pois existem poucas sombras. Recomendamos levar alguma coisa para comer e beber pois os poucos ambulantes que lá existem apenas tem bebidas ou querem tomar conta do seu carro.

Vista das falésias da praia


 Antes o acesso até a praia devia ser bem complicado, por isso o nome Carro Quebrado. Hoje, para se chegar a essa praia está bem mais fácil. Para começar, a ligação até a Ilha de Croa hoje é seca, por uma ponte. Mas chegando à ilha, não existem placas indicando a direção da praia. Ou você pega um dos muitos e insistentes “guias” para te indicarem o caminho ou você tem um bom mapa GPS. Mas depois que você descobre o acesso, a estrada de terra está relativamente boa, comparando com outros trechos que já fizemos nessa viagem.  Novamente repito: a melhor foto é tirada do Mirante, com acesso fácil para qualquer carro ou moto (S9°21,032 W35°27,97). Mas não deixe de ver as falésias da praia também. Descobrimos dois acessos, um mais perto das falésias – e da muvuca dos turistas – e outro um pouco mais isolado e tranqüilo. Baixe nosso tracklog e vá direto onde quer. Ficamos com a impressão que as placas de indicação para as praias são retiradas pelos “guias” da região. Uma maneira de forçar a contratação de seus serviços.

Vista do mirante

A Ilha de Croa possui uma vila muito simples, com poucos serviços. Vimos apenas uma pousada no caminho para Carro Quebrado. Por isso, ela é procurada como destino de um dia.

Maragogi
Diante de tantas praias belas, a praia de Maragogi central nem é tudo isso. Mas a vila é maior que as demais e tem mais infraestrutura, com supermercado, padaria, farmácia. Vimos muitas pousadas mas  poucos restaurantes. Lá nós não acampamos no Jumbo, ficamos hospedados com a Katja, da Pousada Dolphin (R. Santa Teresina, 18, Maragogi). Katja além de extremamente hospitaleira nos deu várias dicas interessantes da região.
Entre elas, a melhor praia da região: Pontal do Mangue. O cenário é bem parecido com os outros mas suas águas são mais cristalinas. O mar é extremamente calmo, parece uma piscina de águas mornas. Chama-se Pontal do Mangue pois do lado direito, existe uma ponta de areia que avança em direção ao mar e leva as pessoas até algumas piscinas naturais na época na maré baixa. Preste muita atenção às tábuas das marés: a vidas das pessoas (e o turismo) giram em torno delas. Por exemplo, descobrimos que só seria possível fazer o passeio para as Galés (piscinas naturais com águas cristalinas) dois dias após nossa partida, pois a lua estava minguante. Caso seja sua vontade realizar esse passeio, informe-se antes.

Praia de Pontal de Mangue


Na praia de Pontal de Mangue encontramos um camping com uma super estrutura: o camping do Sávio  Jesus (082-3296-9182 e 081-9428-9100 S08°57,447’ W35°10,418’). Em frente a praia, com muitas partes gramadas, mesa e bancos na sombra, fogão de lenha e churrasqueira à disposição além de um super banho de pote, vale muito a pena. Para quem vai de carro, a parte destinada a eles é do outro lado da estradinha, ainda perto da praia. Jesus nos disse que assim os carros não enfeiam a paisagem. E tem razão! Infelizmente não ficamos nesse camping pois quando o descobrimos já tínhamos combinado a estada no Recife. Mas passamos nossa manhã lá, conversando com Jesus e com um casal de simpáticos holandeses que vivem na estrada a 17 anos, Klaas e Willi. Além do camping, Pontal de Mangue conta também com alguns simpáticos quiosques à beira mar.

Jumbo nas dunas de Mangue Seco

Nossa aventura com o Jumbo, nas duna de Manhe Seco-BA.

sábado, 19 de novembro de 2011

Muito Caju em Aracaju


                A capital de Sergipe acaba sendo preterida pelas suas vizinhas Maceió e Salvador principalmente por causa de suas praias, com águas escuras devido a dois rios que banham seu litoral.  Realmente, a praia não é tudo isso e não tem tantos programas assim para serem feitos. Mas gostamos de Aracaju, a cidade é agradável e organizada.
Ficamos no camping do CCB (R$ 19,80 pp mais um valor pela barraca ou camper R$ 4,95/R$9,90 posição S11°00,001’ W 37°03,488’) e recomendamos pois é  ótimo, gramado, com vários pontos de energia, banheiro com água quente, pias, tanque para lavar roupas e mesa coberta para realizar as refeições. Fica em frente à Praia do Atalaia e apesar de algumas placas indicarem a direção, foi difícil de ser encontrado. Até pensamos que ele estivesse fechado, mas depois de perguntar, conseguimos encontrá-lo, para nossa felicidade.
               
                Como a estrutura do camping era bacana, acabamos ficando dois dias, aproveitando para lavar nossas roupas e cozinhar. E vamos admitir- apesar de algumas dificuldades, temos gostado bastante dessa vida ao ar livre.
                Aracaju tem um centro histórico interessante. Visite a praça Fausto Cardoso , onde está instalado o antigo Palácio do Governo. Nessa praça, alguns coretos ornados com belas estátuas e muitas árvores deixam o ambiente extremamente agradável.
                A orla da praia do Atalaia é a parte turística da cidade. Ampla, com parquinhos para as crianças, repleta de restaurantes e pousadas, é super movimentada. Tire umas fotos no Monumento aos Formadores de Nacionalidade. São estátuas de bronze de personalidades da história brasileira, como Tiradentes, José Bonifácio, D.Pedro II, entre outros. Se quiser ir à praia, bem próximo ao monumento, uma passarela de madeira te deixa mais próximo do mar.

                No mercado Albano Franco (na Praça dos Mercados, seguindo a Av Beira Mar, antes da ponte Aracaju/Barra), você encontra muitos produtos regionais a preços amigos. Foi lá que compramos deliciosas castanhas de caju, salgadas e doces, além do caju ameixa, um doce de caju maravilhoso, pouquíssimo doce e com muito sabor da fruta.

                Não resistimos além dos cajus em vários formatos diferentes, saímos com 1kg de camarão fresco. Fresco mesmo! E aprontamos no camping! Fizemos um almojanta prá la’de especial no nosso fogãozinho de duas bocas. Quer a receita? Vamos lá:


Camarão com Lascas de Coco de Aracaju
Limpe bem os camarões. Eu costumo tirar a tripa do camarão, que fica no dorso dele. Geralmente, uso um palitinho de dente, mas no camping, resolvi o problema puxando a tripa pelo lugar onde estava acabeça do camarão.Mas tem gente que só lava, ai é com cada um.

Numa panela, refogue cebola picadinha e tomate sem pele e sem sementes  num pouco de azeite. Pegue um côco quase maduro e reserve a água. Com a carne dele, faça lascas finas. Acrescente as lascas até ficarem um pouco transparentes. Se precisar, coloque um pouco da água do côco. Coloque os camarões e cozinhe até eles ficarem bem rosados (cuidado para os camarões não ficarem por muito tempo, senão eles ficam duros). Ao final, acrescente cheiro verde picadinho, sal e pimenta verde, se for do seu gosto. Pronto! Super simples, não? O mais difícil de tudo foi subir no coqueiro para pegar o côco. De acompanhamento, fizemos cuscuz marroquino e quiabo. Refeição completa, fresca e ao ar livre.
Ai, ai! Aracaju sempre ficará na nossa memória!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mangue Seco, BA

                Saindo de Salvador, pegamos a linha verde com destino a Aracaju. No caminho, resolvemos passar na famosa praia de Mangue Seco, na divisa com o estado de Sergipe. O percurso normal seria pagar um serviço de translado num buggy, 4x4 ou atravessar de barco, das cidades de Pontal ou Terra Caída, já no estado sergipano. Mas decidimos testar a valentia do Jumbo e economizar uma graninha realizando a travessia de 4x4 por nossa conta.
                Esse acesso é realizado pela praia da Costa Azul/BA e o caminho é pela areia da praia mesmo, com coqueiros de um lado e o oceano Atlântico do outro, numa distância de aproximadamente 26 km. Como a maré estava baixa, fizemos esse caminho de ida bem tranqüilos. Veja nosso caminho.
                Mangue Seco é linda! Tá certo que a dificuldade do acesso aumenta a beleza dos lugares, ou pelo menos os deixa menos lotados. Mas praias com mar clarinho e dunas branquinhas, com pouca gente, é de arrancar suspiros. Pra refrescar a memória, foi lá que a novela Tieta foi filmada, no início dos anos 90. São aqueles cenários que você encontra, a cada duna percorrida.
                Assim que chegamos ao povoado, sentamos numa barraquinha e provamos o aratu (tipo de siri vermelho que existe na região) catado, que ambulantes  locais preparam e vendem embrulhado em folhas de palmeira de licuri. Nessa mesma barraca, um grupo de 4x4 estava realizando um encontro animado com seus trollers, trackers e jipes, equipados ou não. Daí a dica para o pessoal 4x4: essa trilha é muito gostosa de fazer, principalmente por causa das dunas. E vão se acostumando. No nordeste o pessoal chama o 4x4 de traçado (“Seu carro é traçado? Então, traça ele e vai!).
                Não conseguimos nos conter e passeamos pelas dunas com o Jumbo, uma doidera, pois o Jumbo cava muito, por duas vezes quase atolou na areia. Isso porque ele é pesadão, afinal carrega uma casa nas costas, e também tem sapatos finos, nossos pneus são 215 e não 265 como a Hilux cabine dupla e outros 4x4. Mas outros 4x4 fazem as dunas sem mais problemas, tomando o cuidado de seguir as trilhas dos buggys sem ir na areia fofa.  Voltamos pela mesma trilha até Costa Azul, só que dessa vez, com a maré subindo, o trecho de areia sumindo e a adrenalina aumentando.
Dicas: faça essa trilha somente com carros altos e com tração nas quatro rodas. Carros comuns não chegam ou não voltam. Se informe com os locais sobre os horários da maré, que horário ela enche e vaza – importantíssimo a não ser que tenha um carro anfíbio. Se tiver interesse, veja nossa trilha em formato gpx.
                Pra quem vai com carro de passeio, o acesso mais fácil é por barcos que partem das cidades de Pontal ou Terra Caída, do lado de Sergipe.
                Mangue Seco é mais procurada como destino de um dia mas caso deseje ficar por um período mais longo, existem algumas pousadas por lá. Nada muito chique, pois a vila é bem simples e tem pouca estrutura de apoio ao turista. Mas a beleza das lagoas e praias compensa !

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Salvador

                Salvador pode ser tudo, só não é insossa. Tem um astral e um tempero que só aqui. Tem beleza, nas águas verdes transparentes, nos coqueiros, na baia e nas baianas. Tem feiúra, nas suas inúmeras e imensas favelas. Sobra simpatia nos baianos e soteropolitanos. É picante, no seu acarajé. É fedida, nas ruas, praças e mangues. Caótica no trânsito, na organização da cidade. Plural, no sincretismo religioso. Coisas que só em Salvador para ver e viver.

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Elevador Lacerda

                Tem muita coisa prá fazer aqui. Começando pelo Pelourinho. Situado na cidade alta, o jeito mais fácil para se chegar é pelo Elevador Lacerda (R$ 0,15 o trecho, por pessoa). O assedio é muito grande e chega a incomodar o tanto de gente que pede ou oferece alguma coisa. Caso não queira ser assediado a todo momento, seja firme e diga “Quero não!”.  Caso sua intenção seja fazer o Pelourinho por conta própria, passe no centro de Informação ao Turista e pegue mapas gratuitos da cidade e da região (Rua das Laranjeiras, 02  telefone: (71) 3321-2133). A quantidade de ladeiras só perde para a quantidade de igrejas. Dizem que Salvador tem 365 igrejas. Não sei se é verdade mas que tem igrejas a cada esquina é fato. No Pelô, não perca a Igreja de São Francisco, em homenagem ao pobre de Deus, revestida com 1000 kg de folhas de ouro. É tanto ouro que ela cintila!Um pouco  contraditória quando lembramos um pouquinho da história de São Francisco, o santo de negou a riqueza e foi viver entre os pobres, mas linda mesmo assim.

Pelourinho


                Quer comprar artigos locais? No Mercado Modelo tem, descendo do Elevador Lacerda. Mas muito mais interessantes são a Feira de São Joaquim e a do Ceasinha do Rio Vermelho, esses sim, com artigos regionais. Por regionais entenda-se além das comidas diferentes, muita coisa para trabalhos de candomblé: vudus, enxofre, fumo, escargots, ervas  e temperos mil, galinha, pavão, cabra entre outros animais vivos e uma porção de coisas que não temos a menor idéia do que sejam e muito menos para que servem: você encontra no São Joaquim. Inclusive pedaços de boi – olhos, vísceras – haja estômago! Nossa intenção era comer alguma coisa por ali, mas passeando pelos seus corredores, a fome passou! Já o Ceasinha, além das bancas de flores,frutas, verduras, secos & molhados, tem vários botecos com petiscos e pratos, freqüentados pelos locais no final da tarde. Foi lá onde compramos farinha de tapioca para fazer bolinho de estudante, uma delícia que comemos por aqui.

Entrada da Feira de São Joaquim


Muitos temperos e ervas


Ug! Olhos de boi, nem imagino pra que, além de tirar o apetite


                Outro passeio imperdível é visitar a Igreja do Bonfim. Muito bonita, no alto de uma colina, nas suas escadarias milhares e milhares de fitinhas do Bonfim parecem fazer coreografias ao sabor do vento. Um espetáculo colorido e feliz. Dentro da Igreja, o salão de ex-votos recheados de fotos e peças de cera, que são trocados diariamente, tamanha a procura por agradecimentos as graças alcançadas.


                Um pôr do sol apreciado de um lugar lindo, sem pedintes e com estacionamento gratuito e interno, é no Solar do Unhão (av. do Contorno s/n), onde funciona o Museu de Arte Moderna. Ainda é possível caminhar pela área externa do museu, passeando pelo parque das esculturas e sentar para descansar, admirando a linda paisagem da Baia de Todos os Santos. Se quiser, é possível tomar um café na cafeteria local. Chegue cedo, para parar o carro com mais tranqüilidade.

Pôr-do-sol no Unhão


                Visitar a Bahia e não falar de comida, é impossível! Prove e aprove os seus deliciosos acarajés! Recheados com vatapá e camarão seco, uma passada de pimenta, vixe! É  bom demais! Você encontra em tudo que é lugar, a cada esquina uma baiana querendo te engordar. Experimente o da Cira (no Largo da Mariquita/Rio Vermelho ou em Itapuã na rua Aristides Milton). Crocante e sequinho, o senão é a longa fila. R$ 5,00, o com camarão.
                Para almoçar, o Paraíso Tropical (rua Edgar Loureiro, 98-B) fica num lugar fora do roteiro turístico, no feio bairro do Cabula. No próprio espaço do restaurante o dono cultiva seu rico pomar e utiliza as frutas nas suas releituras da culinária baiana. Deliciosa a Moqueca do Beto, de siri mole, siri catado, camarão e maturi. Lá você encontra também frozen de frutas, de sabor intenso. De cortesia, eles servem ao final uma cesta de frutas do quintal.
                Caso queira variar o cardápio, coma um  sushi no Soho da Bahia Marina que tem um visual incrível! Sua cozinha não é espetacular mas o restaurante é construído em cima das pedras, de onde quase podemos pegar nosso jantar. Fomos cedo e pegamos uma mesa privilegiada. Caso queira chegar mais tarde, melhor reservar (f: 3322-4554)

No Soho


                De resto, curta Salvador. Tente se acostumar com os buracos nas ruas, o jeito estranho dos baianos dirigirem e prove uma cocada de frente ao mar. A vida parece mais simples e bela.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chapada Diamantina

                Mistério, natureza impactante, sensação de paz e simpatia do povo. A Chapada Diamantina tem isso tudo e muito mais. Esse pedaço da Bahia, que já foi fundo de oceano, sempre nos encantou. Essa foi nossa quinta vez lá, e vamos voltar ainda pois ainda não conhecemos tudo.
                Tem muitos programas de natureza para fazer. São cachoeiras, travessias, grutas e poços sem fim nessa terra caprichada por Deus, que com esmero, enfeitou aquela paisagem deslumbrante com flores diversas, muitas endêmicas da região.
                Dessa vez, não demos tanta sorte com o clima. Choveu muito. Demais. E natureza molhada escorrega e encharca. Portanto, não fizemos tantos passeios quanto gostaríamos. Fizemos – novamente - a trilha para a Cachoeira da Fumaça por cima. A trilha não é puxada, mas tem uma subida íngreme de aproximadamente uma hora. Depois mais uma hora de caminhada, com mais altos do que planos, alguns riozinhos para atravessar, chega-se ao mirante. Ou onde seria o mirante pois não vimos nada devido a neblina intensa , frio, vento e chuva. Mas a caminhada foi boa e ainda fizemos novos amigos, o Alex e a Evelyn que conhecemos no percurso.  A paisagem do Vale do Capão, mesmo encoberto, fica presa na retina. Montanhas misteriosas essas da Chapada...

                Fomos também ao Serrano, a cachoeira do rio que corta e abastece a cidade de Lençóis. A trilha começa praticamente dentro da cidade, à direita da Embasa (distribuidora de água da região). Uma trilha fácil que é possível fazer numa tarde, com poços gostosos para banho.

                A pérola dessa visita foi a trilha para a Cachoeira das Águas Claras. Essa cachoeira fica aos pés do Morrão, o morro mais imponente da Chapada. O mais legal dessa trilha é passar pelos vales e perceber como as paisagens se modificam a cada curva, como os morros ficam diferentes vistos de outros ângulos. Estar naquele lugar é mágico, a sensação de estar conectado com o todo, de fazer parte daquilo tudo, é muito boa. Quem quiser fazer a trilha sozinho, é possível sim. Dá para sair a pé de Lençóis ou ir de carro até uma entrada (sem indicação nenhuma) pouco antes do Morro do Pai Inácio, ao lado esquerdo da estrada. A trilha é fácil, para se chegar à cachoeira são duas horas e meia de caminhada quase plana. Veja no nosso tracklog esse percurso caso queira se aventurar sozinho. Caso sinta receio, contate alguém com experiência. No centro de Lençóis há vários serviços de guias credenciados, que fazem passeios para toda Chapada. Se preferir, baixe nosso tracklog e faça a trilha sozinho.

                Lençóis é a cidade com maior infraestrutura da região. Tem bancos, mercadinhos, farmácia e posto médico. Possui muitos restaurantes e barzinhos que abrem, na sua maioria, para a noite. Indicamos três lugares que dá para se comer bem:
Fruta Café: na Rua das Pedras, serve o melhor açaí que já provamos, além de sanduíches deliciosos. A dona, Eliene, é uma fofa, super atenciosa.
Fazendinha: cachaçaria, pizzaria e pratos com carnes muito gostosos. Com ambiente descontraído, fica nas ruas das pedras também.
Cozinha Aberta: para quem deseja comer algo mais elaborado, tem uma cozinha moderna e utiliza bons produtos. Fica atrás da prefeitura, na r. Altina Alves, 747.

                Quando ficamos em Lençóis, sempre ficamos na Estalagem do Alcino. Além do melhor café da manhã do mundo, Alcino é mestre em receber bem. Integra os hóspedes em sua mesa, onde todos interagem, perguntando sobre passeios e programas, não importa em que língua. Dá várias dicas de programas na Chapada e fora dela. Fora as peças escolhidas para fazerem parte da decoração! Muitas obras de seu atelier e outras escolhidas a dedo! Recomendamos nosso amigo Alcino com louvor!

                Como dissemos no começo do post, essa não foi nossa primeira vez lá. No site tem várias informações sobre as atrações da Chapada Diamantina para quem quiser pesquisar mais. Aproveite também o link para as dicas! Boa pesquisa!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um dia de sol!!!

Por sorte, conseguimos nosso dia de sol num lugar maravilhoso e cheio de atrações: Morro de São Paulo.
Fizemos assim: saindo de Cumuru, seguimos para Valença e por lá ficamos duas noites (Hotel Ed. Carolmilla S 13°21,587’ W 39°03,969’, fone (75) 3641-5394) Fizemos o passeio para Morro de um dia. De Valença, saem barcos para Morro, praticamente de hora em hora; das 7:30 às 17:30. São duas as opções partindo de lá: lancha rápida (demoramos 35 minutos e custa R$ 15 pp) ou barco lento (2:07 h de travessia a R$ 7,70 pp). Perto do local de onde saem os barcos, estacionamentos para deixar o carro cobram de R$20 a R$25 por dia. Para aproveitar bem o dia, resolvemos ir de lancha e voltar de barco. Para quem quiser sair de Salvador, também existem opções como o catamarã e avião teco teco.
Portal de Morro, na saída do atracadouro

Em Morro de São Paulo, programas não faltam. Dá para ficar uns quatro dias fácil. Passeios de barco, flutuação com snorkel, wind e kite surf, aluguel de cavalos ou simplesmente  relaxar curtindo as praias mais próximas são uns dos principais programas na ilha. Nós quisemos ficar de boa, relaxando, então fizemos a pé a Primeira, a Segunda, a Terceira e a Quarta praias. As três primeiras são centrais e concentram os barzinhos, restaurantes e passeios de barco. No começo da quarta, é possível fazer flutuação com snorkel nas piscinas naturais. Andando em direção ao canto direito da praia, bem menos pessoas e uma paisagem linda, com direito ao tão sonhado mar azul, areias brancas e coqueiros. E sossego! Dizem que a Quinta praia (também chamada de Praia do Encanto)  é a mais bela, mas para se chegar a pé, é uma looonga caminhada.  Uma opção é utilizar os meios de transporte locais como cavalo ou charrete pela orla para se chegar nela.
O vento favorável ajuda no wind surf

Paisagem entre a segunda e terceiras praias

A vila é charmosa, cheia de lojinhas e restaurantes interessantes. Pra comer, frutos do mar e peixes a preços honestos (pelo menos, na baixa temporada). O astral é ótimo e ficamos com pena de partir. Não pegamos a noite, mas a preparação para ela mostrava que o agito era forte, com barraquinhas sendo montadas na rua principal onde a caipirinha é o carro chefe.
Agora, prepare suas pernocas. Já na saída do atracadouro, é só ladeira. Morro que sobe, morro que desce, num sobre e desce sem fim. Existe um serviço de carregamento de malas (e crianças!)  em carrinho de mão, a R$10 por mala. Uma alternativa para cansar menos os turistas. A outra seria levar pouca bagagem, numa mochila. Se ficássemos por lá, seria essa nossa opção.
Esse calçadão de madeira ajuda a levar as malas

São muitas as opções de hospedagem. Demos uma olhada em algumas para uma próxima vez:
Brisamar Pousada: na primeira praia, tem apartamentos de  R$70 a R$ 100 o quarto com ar condicionado.
Paradise Morro de São Paulo: na terceira praia, R$ 70 o quarto com ar, frente ao mar.
Minha Louca Paixão: de frente ao mar, na 3ª praia também, de R$ 250 a R$ 300 a diária/quarto, super charmosinha.
Safira do Morro: não é de frente prá praia, mas é uma graça. Adoramos o que vimos! Suítes de R$130 a R$170 a diária.
Morro Hostel: além de hostel limpo e agradável, tem um camping no terraço (coberto) com uma vista espetacular!!!  O casal de donos é uma simpatia. Os preços variam de R$20 a $45 por pessoa, com café da manhã e cozinha livre à sua disposição.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Enfim, Bahia!

Ficamos mais dias do que prevíamos no Espírito Santo por causa da chuva que não passava. No dia que abriu um pouco o tempo, resolvemos seguir viagem para a Bahia. Finalmente, chegamos lá e nossa primeira parada foi em Cumuruxatiba, na intenção de ficar alguns dias curtindo uma prainha. Para chegar em Cumuru, precisa passar por 32 km de estrada de terra muito, muito ruim. Para motos (aiiii Adriano) as coisas são melhores, claro.. Mas de carro, fizemos esse trechinho em uma hora e meia.  Muita ondulação na pista...
A vila é bem pequena, com muitas pousadas e alguns campings. Nos instalamos no Camping Aldeia da Lua (R$15 pp/ S 17°06,224’ W 39°10,874’), no final da praia, log o depois dos quiosques, que estava vazio e possuía estrutura mediana. O terreno é todo de areia, sem nenhum trecho  gramado, os chuveiros para uso do camping estavam sem energia = banho gelado; haviam alguns pontos de energia, mas nenhum de água, e nenhuma área organizada ou coberta com mesa e cadeiras para descansar ou comer; muitos chapéus de sol protegem do sol que seguramente tem por lá (apesar de não termos visto), mas atenção para não ficar sob um dos muitos coqueiros, para não correr o risco de cair um côco em seu coco . Ainda bem a gerente quebrou nosso galho e deixou a gente tomar banho quente no banheiro da pousada.  Nessa época do ano, percebemos que os lugares pequenos voltados para o turismo de verão, não estão preparados para receber os turistas desavisados, que aparecem de supetão. Muitos lugares estão fechados ou com baixa manutenção.

Área do Camping Aldeia da Lua


A praia parece ser bem bonita e por perto muitas outras praias tão lindas quanto Cumuru para conhecer. Infelizmente, o tempo ruim nos perseguiu e no dia seguinte decidimos pegar novamente os 32 km de terra para continuar a estrada, porque cidade de praia com chuva é o ó.
Esse solzinho sumiu no dia seguinte

Mas com tempo bom lá tem programa sim. Todos recomendam ir até Barra do Caí, o local do descobrimento do Brasil, que assim como as praias do Moreira, do Imbassuaba e do Corumbau  são maravilhosas. Atenção: todas as praias com acesso por terra.
Em Cumuru mesmo, com a agência Acquamar, é possível avistar baleias jubarte acasalando ou com seus filhotes num passeio de barco que eles promovem, de julho a outubro. Vimos as fotos e deu uma vontade doida de fazer. Como as belas praisas, outra coisa que ficou só na vontade...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

No litoral capixaba

O Espirito Santo é um estado bem pequeno mas ainda não conseguimos sair dele. Um dos motivos tem sido o clima. Com chuva, demos preferência em nos alongar por aqui e tentar pegar o sol na Bahia.
Realizamos dois trechos nesses dois dias. O primeiro foi de Guarapari até Regência. De tão pequena, essa vila não aparece no nosso guia rodoviário. Mas conhecemos o Pedro Paulo Martins, do Projeto Águas do Rio Doce que nos falou da foz do rio e do Projeto Tamar um pouco antes de Regência. Por esse motivo, saímos da BR 101 e pegamos a ES 040. Os primeiros 16 km dela são de asfalto. Os próximos 22km (até Regência), são de chão da pior espécie. Com a chuva dos últimos dias, então, era uma lama só. Muitos buracos e ondulações. Para cruzar esse trecho demoramos mais de uma hora de estrada. Pelo menos, nosso  GPS acertou e encontramos o Projeto Tamar na beira da praia. Essa região é uma das poucas do Brasil em que se encontra a tartaruga de couro, ou gigante, com até 2,5 m de comprimento. Estamos no período de desova das tartarugas e é possível realizar passeios para ver de perto como é. Essas visitas monitoradas ocorrem a noite ou madrugada. Nós já vimos uma desova em outra ocasião, sem o Tamar, e foi muito legal. Recomendamos!
Seguimos em direção a Regência e lá chegando, fomos dar uma espiadinha na Foz do Rio Doce. A vila é minúscula mas pareceu que é muito procurada no verão, principalmente por surfistas em busca de boas ondas capixabas e de pescadores. Na pequena vila, é possível encontrar algumas pousadinhas simples e muitas áreas para campings, ou melhor, espaços gramados que chamam de camping. Um deles nos chamou a atenção e entramos para nos informar. E então conhecemos a primeira personagem de nossa viagem: a dona Mariquinha.

A Pousada Camping Tia Mariquinha (R$10 pp/ S 19°38,971’W 39°49,797’) oferece espaço para camping ou alojamento em pequenas casas ou quartos espalhados pela propriedade. Tem muitas árvores frutíferas e ainda, fogões a lenha que a d. Mariquinha deixa usar. Mas o que tem, mesmo, em abundancia, é carinho. A d. Mariquinha é uma fofa! Extremamente atenciosa e amorosa fez tudo para que nos sentíssemos à vontade. Usamos seu fogão a lenha, nos deu um pouco de sua couve refogada, fez suco natural de pitanga e até bolinho de chuva! E proseou muito com a gente, contou um monte de histórias da vida dela e de seu marido, que estão nessa região a quase 40 anos.
Encantados por conhecer figura tão amável, seguimos viagem para Conceição da Barra. Essa cidade serve como apoio para o Parque Estadual de Itaúnas. Até Conceição da Barra, é asfalto. Para Itaúnas, mais chão, um pouco melhor do que para Regência.

Por volta de 1940, as dunas invadiram a então cidade de Itaúnas, expulsando seus moradores para o outro lado do rio, onde criaram a nova Itaúnas. A área que abrange as dunas virou parque estadual que irá completar 20 anos no próximo dia 08. Além das famosas dunas, o parque abriga diferentes ecossistemas, como a mata atlântica, o cerrado, áreas de mangues e restinga. Nas caminhadas até a praia, muitos cajueiros enfeitam as trilhas, com seus frutos lindo e suculentos.
Vale a pena conhecer o parque. A entrada é gratuita e como fomos de dia de semana, estava bem tranqüilo. Na praia das dunas, alguns quiosques dão suporte aos turistas, comercializando bebidas e petiscos.
Itaúnas também possui um núcleo do Tamar, que fica na entrada do parque. A vila é pequena mas bem ajeitada. Possui restaurantes, muitas pousadas e alguns campings. Também tem uma picoleteria Dunas (olha só que alegria: R$1 o picolé - experimente o de tapioca, delicioso!), do Saulo. Ficamos um tempão conversando com ele, pois também gosta de realizar suas aventuras de moto. Conversa vai, picolé vem, resolvemos voltar e nos estabelecer num camping um pouco antes de Conceição (R$15 pp/ S 18° 33,893’ W 39°46,267’)  
Amanhã, pretendemos chegar à Bahia. Vem com a gente!!!
ps: fotos amanhã/ internet leeeennnnnta

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Receitas com amigos: as alcachofras de Gonçalves

Conhecer e reencontrar amigos fez parte dessa primeira semana de viagem.
Primeiro em Gonçalves, Ocid e Carla, no seu Santo Canto, com seus orgânicos e cachorros. Fazia anos que o Mauro não via a Carla Beschizza.  Mas parecia que a gente se encontrava sempre, tal a sinergia. Assistimos filme juntos, visitamos plantações. Ficamos íntimos de Gonçalves. Graças a esses doisJ

Ocid

Carla Carciofini


Depois, em São Francisco Xavier, Nicolau e Alda, amigos de longa data, de tantas casinhas. Até de carro! Foram eles que compraram nossa trackerzinha. Amigos do peito, foi ótimo tê-los encontrado. Quem sabe em outro ponto da viagem?

Alda e Nico


Aproveitando, falando de amigos, casinhas e plantações, vou dar inicio ao registro de algumas comidinhas que vamos fazendo pelo caminho. Na casinha  2 do Nicolau, numa outra ocasião, fiz um camarão com alho di-vi-no. Impossível lembrar a receita. Tinha rolado umas caipirinhas que ajudaram no tempero mas apagaram da memória. Se eu tivesse registrado um dia depois, talvez. Mas hoje? Só lembro que ficou na memória de todos que estavam naquela verdadeira Festa de Babette.

Presentãos pros amigos: orgânicos


Portanto, vou aproveitar a frescura do fato e registrar a tempo de detalhes:


Alcachofras da Nina
Pois é, elas tem meu nome mesmo. Porque é uma mistura de duas receitas, da minha mãe e da tia Wilma. Essa eu fiz em Gonçalves. Covardia, pois lá as alcachofras praticamente estavam vivas, As vimos no pé, duas horas antes. Foram escolhidas a dedo. Bem repolhudas! O Mauro prefere as pequenas, pois diz que é mais macia. Mas essa observação não se aplicou as colhidas na hora de Gonçalves. Caso compre as suas na feira, de uma chacoalhada no cabinho. Se ela estiver flexível, está mais nova. Se estiver durona, é mais velha. Prefira as novas.
Que delícia, observado meu futuro almoço

Lave bem as folhinhas. Elas ficam grudadas no meio, mas insista com delicadeza. Tem gente que gosta de cortas as pontinhas. Eu não corto, só abro. Ponha para cozinhar numa panela com um pouco de vinagre, folhinhas para cima. O ponto de cozimento é quando puxar uma folhinha e ela soltar fácil.
Enquanto elas cozinham, você prepara a farofa: farinha de pão grossa (faço no liquidificador e separo a fina pra milanesa), queijo ralado, azeitona e bacon picadinhos, sal e pimenta do reino moída na hora. Mistura tudo com a mão mesmo. Quando cozidas, colocar essa farofa de forma generosa nas folhinhas (essa parte é chata) e regar com azeite do bom, sem miséria. Levar ao forno por uns quinze minutos, senão ela resseca.

Colocar a farofa com amigos fica mais gostoso!


Para quem nunca comeu uma alcachofra na vida, a graça está em chupar as folhinhas, que nessa receita vem acompanhada dessa deliciosa farofinha. Despreze  os espinhos e curta o coração, o filé mignon dos vegetais.
Fácil, né? Vamos ver o que vai rolar no resto da viagem!
Bom apetite!

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