terça-feira, 26 de abril de 2011

Saudades Antecipadas

               Do que você sentiria mais falta se ficasse fora da sua cidade por um ano? Você começa por uma coisa, bem pontual e acaba puxando uma coisa e outra e quando vê, sua mala de recordações está cheia de lembranças.
                Começamos esse assunto entre um pedaço de pizza e um gole de cerveja, no último sábado. Em nosso ranking, depois da família e dos amigos, veio a pizza.

                Nossa preferida é a da Pizzaria Di Pompéia, na esquina da R. Euclides da Cunha x R. Paraíba, em Santos, SP. Nada de ambiente chique ou clean, ela tem mesinhas na calçada com árvores em volta, garçons simpáticos e clima de boteco, com direito de ir a pé com havaianas. De massa fina, crocante e com bons ingredientes, a pizza de peperonni e de escarola, são as nossas preferidas.


                Depois da pizza, lembramos do pão de cará. Esse é bem regional. Se eu tivesse que escolher algo típico de Santos, seria o pão de cará. Nem em São Paulo você encontra. É um pão macio feito com cará (óbvio), e um leve brilho adocicado por cima. Apesar de parecido, pão de cará não é pão de leite. O pão de leite é duro e sem graça. O de cará, macio e delicioso. Com manteiga é irresistível. E o melhor pão de cará do mundo está na padaria Status, na Av. Floriano Peixoto, 208, em Santos.

                Mas também vieram outras coisas na cabeça. Eu por exemplo, adoro sentir o cheiro de mar que invade a garagem do meu prédio certos dias. É um cheiro de Santos. Sabe que eu nunca havia percebido. Uns amigos nossos uma vez que falaram: “Nossa que cheiro de maresia...” Tem gente que não gosta, mas pra mim, me faz sentir em casa.
                Já o Mauro vai sentir falta de correr na praia, na areia mais dura perto do mar. Ele diz que o impacto é menor nas articulações. Mas, além disso, é bem melhor correr ao som do mar do que dos ônibus e motos. Fora o horizonte. Para quem não conhece a praia de Santos, ela tem uma faixa de areia bem larga e não é praia de tombo, o que favorece bastante caminhadas, corridas e outros esportes de praia.
                Ao final de nossas reflexões, ficou outra pergunta: do que NÃO sentiremos falta com relação à nossa cidade na nossa ausência. Também conseguimos elencar diversas coisas. Mas isso, já é assunto para outro post.

sábado, 16 de abril de 2011

Época de divulgação

Fomos convidados pelo Padre Chico, o Padre Chiquinho da Igreja São Judas Tadeu, a expor nossa aventura nas missas do fim de semana. Ele leu a matéria que saiu na A Tribuna e achou que por ser uma proposta diferente, seria interessante compartilhar com a comunidade.
Adoramos o convite e fomos de coração aberto, falando para os fiéis um pouquinho sobre nosso projeto de sabático, essa idéia de retiro e de afastamento, fazendo coisas diferentes da nossa vida comum. O período veio a calhar pois estamos na quaresma e essa época é marcada por ser um tempo de reflexão.


No altar da S. Judas, com o Padre Chico.

O Padre Chico foi bárbaro e nos fez assumir o compromisso de na volta, retornar à Igreja para falar novamente com as pessoas, contando um pouquinho da nossa experiência. Quem já foi nas missas celebradas por ele, sabe que ele é um padre diferenciado. Ele consegue trazer aqueles textos bíblicos, de linguagem difícil para situações cotidianas. Sua mensagem principal é que Deus é amor e nos ama incondicionalmente. Além disso, ao trazer exemplos de vida de pessoas comuns para compartilhar com a comunidade, ele adota um a postura muito mais próxima e presente.
Para quem quiser ir a uma missa, nos dias de semana elas acontecem as 19:00 hr (menos as terças feiras). Nos finais de semana os horários são o seguinte:
Sábado: 19 horas
Domingo: 7:30, 9:00 (missa das crianças) e 18:00.
A igreja fica na rua Saturnino de Brito, 112, Marapé, Santos/SP

domingo, 10 de abril de 2011

Dicas de Saúde


Depois de conversar com nossos amigos Ellen e Lena do blog Viagem Afora, resolvemos utilizar o serviço do Hospital das Clínicas, em São Paulo, de auxílio ao viajante. Eles recomendaram e nós também recomendamos para todos que pretendem realizar viagens para destinos com risco em potencial ou para viagens muito longas.
O atendimento é gratuito e visa evitar alguns transtornos relativos a saúde longe de casa. O agendamento é realizado por telefone, e as consultas são realizadas às segundas ou quartas feiras, às 8:30. Os grupos são pequenos (máximo de seis viajantes) e fomos atendidos por três médicas, as Drªs Monique, Alessandra e Tânia, que dividiram esse atendimento em dois momentos: palestra e consulta.

Beba sempre água de fontes confiáveis!

Elas começaram por falar nas doenças mais comuns que acometem viajantes. O maior desses agravos costuma ser a diarréia. As orientações são evitar beber água não esterilizada e observar os alimentos consumidos, evitando os crus e preparados na rua. Lavar as mãos sempre que possível, com água e sabão e utilizar o álcool em gel para melhorar a profilaxia. Não comprar água de ambulantes e quando for comprar água mineral, optar pela água com gás que é mais difícil de falsificar. Na água que iremos utilizar dentro do veículo, tratá-la com uma solução de hipoclorito de sódio, facilmente encontrado em supermercados. Ferver água também resolve o problema com bactérias e a deixa pronta para o consumo. Essa água por nós tratada deverá ser utilizada para lavar alimentos e até escovar os dentes naqueles lugares onde o saneamento básico e higiene da população não são adequados. Caso a diarréia persista por dois dias e apareça sangue e muco, procurar atendimento médico, pois ela evoluiu para o que chamam de diarréia bacteriana.


Banheiros assim são oásis numa viagem...

O próximo assunto foi tratar dos vetores, que transmitem doenças como dengue, febre amarela e malária. Contra a febre amarela existe vacina, válida por dez anos. Para alguns países, é necessário ter o certificado internacional da vacina, facilmente obtido aqui. A dengue é um problema enorme na área onde moramos (Baixada Santista). Como os sintomas podem se confundir com virose, não sabemos se já tivemos ou não, mas conhecemos os sintomas da doença. Assim, acreditamos que a situação mais séria é a malária. Os sintomas lembram os da dengue (febre, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos e dores no corpo) mas a evolução é bem pior. Existe tratamento específico, que precisa ser iniciado o mais rápido possível após o início dos sintomas. As recomendações são evitar picadas de mosquito ao amanhecer e ao entardecer, utilizar roupas claras, mangas e calças compridas e repelentes à base de DEET ou o exposis (repelente com maior eficácia que os comuns). Na hora de dormir, se possível, utilizar mosquiteiros ou telas impregnados com inseticidas específicos. As médicas pediram para que voltássemos lá em agosto, com o nome das cidades por onde passaremos para elas avaliarem se a área é endêmica ou não.
                Macacos, cachorros e morcegos podem através de mordidas, arranhadas e lambidas sobre algum ferimento transmitir raiva. Caso ocorra incidente com algum desses animais, limpar bem com água e sabão e procurar o posto médico para tomar a vacina.
Cachorros fofos podem transmitir raiva também.
Como todos sabem, cobras, aranhas e escorpiões também são perigosos. O procedimento no caso de picadas deve ser o mesmo para evitar raiva. Mas ao procurar o posto de saúde, o ideal é levar o bicho que te picou junto, para facilitar a identificação. Caso não seja possível, tire uma foto. Lá será aplicado o soro antiofídico. Atenção: não fazer torniquetes nem chupar o veneno. Isso pode piorar muito a situação, pois concentra o veneno e aumentam as chances de necrose - e posterior amputação do membro.

Essa cobra estava sob controle

Após essa conversa, as médicas verificaram nossas carteiras de vacinação. Dessa forma, as vacinas que deveremos tomar são as seguintes:
- febre amarela
- hepatite A (rede privada/duas doses)
- hepatite B (três doses)
- raiva (três doses)
- tétano (duas doses)
- febre tifóide (rede privada)
- tríplice (caxumba, sarampo e rubéola)
Lá mesmo já fomos imunizados contra febre amarela (já com o certificado internacional emitido), hepatite B, raiva e tríplice. Vale ressaltar que além de se preocupar com os viajantes essas medidas visam prevenir que os viajantes tragam doenças no retorno a sua terra natal.
Como dito anteriormente, solicitaram que voltemos um mês antes da partida, com a rota melhor definida, onde além de poder mapear a endemia da malária, irão fornecer nome de alguns medicamentos básicos para serem administrados no caso de uma diarréia bacteriana ou outro mal-estar.
Apesar de não gostar nem um pouquinho de tomar vacinas, achamos que essa consulta gratuita esclarece muitas dúvidas, capacita os viajantes a cuidarem de sua saúde antes mesmo da partida e previnem algumas doenças. Abaixo segue o contato:
Ambulatório dos Viajantes/ Hospital das Clínicas
Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155 - Prédio dos Ambulatórios - 4o andar - sala 8
Agendamento de orientação pré-viagem deve ser feita pessoalmente ou pelo telefone (11) 2661-6392, das 8h30 às 10h30
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